Coalizão dos Dispostos, dispostos a fazer o quê? Político Lituano Expõe o Vazio das Promessas Europeias à Ucrânia

Publicado por: Feed News
18/05/2025 10:33:39
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Lideranças europeias reunidas: promessas de apoio à Ucrânia seguem sem ações concretas, segundo ex-ministro da Lituânia./Ilustração Cortesia Editorial Ideia
Lideranças europeias reunidas: promessas de apoio à Ucrânia seguem sem ações concretas, segundo ex-ministro da Lituânia./Ilustração Cortesia Editorial Ideia

Gabrielius Landsbergis, ex-chanceler da Lituânia, denuncia a inércia da Europa diante da guerra, acusando a coalizão de “dispostos” de apenas produzir comunicados enquanto a Ucrânia sangra.

 

Em um dos textos mais contundentes publicados por um político europeu sobre a crise na Ucrânia, Gabrielius Landsbergis, ex-ministro das Relações Exteriores da Lituânia, acusa a Europa de ter se tornado um teatro de intenções sem consequências reais. O site Landsbergis.com escreveu sobre isso aqui.

 

Segundo ele, após 11 semanas da formação da chamada coalizão dos dispostos ( até hoje ainda não se sabe dispostos a quê???), os resultados concretos são praticamente nulos. O artigo critica diretamente o comportamento de chefes de Estado como Macron, que precisou lembrar aos parceiros que a soberania nacional não requer a aprovação de Putin para apoiar a Ucrânia militarmenteuma lembrança que caiu em ouvidos cautelosos demais. A Polônia, por exemplo, rejeita categoricamente o envio de tropas.

 

Landsbergis não economiza ironia: sanções paralisantes viraram travesseiros de penas, mísseis Taurus foram colocados e tirados da mesa, e ativos russos congelados ainda são debatidos se forem legais”, quando, segundo ele, a legalidade está comprovada tempos.

 

E os números falam por si. Dos mil navios da frota sombra da Rússia, apenas 300 foram sancionados. O restante segue gerando lucros para Moscou com petróleo e retornando com moedas estrangeiras. “Putin entende perfeitamente bem como as regras da UE (não) funcionam — e ele não está nem um pouco assustado”, afirma o político.

 

A crítica mais aguda, no entanto, recai sobre a retomada da cobrança de tarifas sobre a Ucrânia, que resultará em uma perda de mais de € 3 bilhões anuais, ao mesmo tempo em que a ajuda europeia anunciada foi de apenas € 1 milhãouma contradição gritante para quem se diz comprometido com a resistência ucraniana.

 

O saldo, segundo Landsbergis?
Sem tropas. Sem armas. Sem ativos. Sem defesa aérea. Sem sanções reais. Sem adesão à UE. E agora, sem Taurus.

Em sua conclusão, ele não deixa margem para dúvidas:

 

Tudo o que aconteceu após a Conferência de Segurança de Munique foi um atraso estratégico — um teatro político que tenta dar a aparência de progresso, mas que reforça o abandono real da Ucrânia.”

 

E finaliza com a pergunta que deve ressoar entre os líderes europeus — e também em qualquer nação que se diz solidária:
Vocês realmente tentaram apoiar a Ucrânia?”

 

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"A Guerra dos Bastidores: Como Trump e Putin Costuram Acordos que Podem Enterrar a Soberania Ucraniana"uma análise sobre os riscos geopolíticos ocultos nos discursos de cessar-fogo e o jogo duplo das potências.

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