Brasileiro Ferido na Guerra da Ucrânia: A Luta de Guilherme Ribeiro por Justiça, Amor e Cidadania

Publicado por: Feed News
06/09/2025 21:20:05
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Foto de Ribeiro em Adeus Brasil? Após a guerra, Ribeiro planeja se estabelecer com sua nova família na Ucrânia e mudar sua filha do Brasil para cá. Foto: Segunda Legião Internacional de Defesa da Ucrânia
Foto de Ribeiro em Adeus Brasil? Após a guerra, Ribeiro planeja se estabelecer com sua nova família na Ucrânia e mudar sua filha do Brasil para cá. Foto: Segunda Legião Internacional de Defesa da Ucrânia

Entre a linha de frente e o amor, a história de um brasileiro que arriscou a vida na Ucrânia expõe dilemas de coragem, burocracia e direito internacional.

 

A guerra na Ucrânia transformou a vida de Guilherme Ribeiro, um brasileiro de 49 anos que deixou São Paulo para lutar ao lado dos ucranianos desde 2022. Ferido duas vezes em batalhas intensas, sobreviveu a explosões que lhe deixaram mais de 200 fragmentos no corpo. Apesar das marcas físicas e emocionais, ele não se considera um sobrevivente apenas, mas alguém que encontrou na luta um propósito maior: a defesa da liberdade. Glavcom escreveu sobre isso aqui.

 

Ex-soldado do Exército brasileiro, instrutor de combate e apaixonado por história militar, Guilherme chegou ao front movido pela indignação contra a invasão russa. “Não fui pela promessa de salário, fui pela justiça”, afirma. Hoje, integra a Segunda Legião Internacional e atua como operador de drones, uma função que reflete a nova realidade dos campos de batalha.

 

Entre trincheiras e hospitais, nasceu também uma história de amor. Durante sua reabilitação em Cherkasy, conheceu Olesya, voluntária que dedicava tempo e recursos a soldados feridos. O que começou com um simples pedido de carregador de celular se transformou em companheirismo, paixão e planos de casamento. “Planejamos nos casar no outono. Ela me ensinou até a cozinhar borscht”, conta o brasileiro, que já se sente parte da família da futura esposa.

 

Mas sua batalha vai além da guerra: Guilherme aguarda há mais de um ano o reconhecimento da cidadania ucraniana. A nova lei que permite dupla nacionalidade para estrangeiros voluntários ainda não saiu do papel, deixando heróis estrangeiros presos à burocracia. “Enquanto alguns ucranianos fogem do dever, nós, estrangeiros, damos o sangue e ainda precisamos provar que queremos ser cidadãos”, critica.

 

Quem é Guilherme Ribeiro?

Idade: 49 anos

Origem: São Paulo, Brasil

Formação: Ex-soldado do Exército Brasileiro, instrutor de combate

Chegada à Ucrânia: 2022, nos primeiros meses da guerra em larga escala

Ferimentos: Baleado na perna e, depois, gravemente atingido na floresta de Serebryansk (mais de 200 fragmentos retirados do corpo)

Unidade atual: Segunda Legião Internacional – operador de drones

Família: Pai de Sara (17), no Brasil; noiva de Olesya, voluntária ucraniana

Planos: Casar-se no outono e conquistar cidadania ucraniana

Fé e rituais: Cristão, ora antes das batalhas

Frase marcante: “Estou vivo por causa dos meus irmãos de combate. E lutarei até o fim.”

 

Com fé cristã, disciplina militar e um coração dividido entre sua filha Sara, no Brasil, e sua nova vida na Ucrânia, Guilherme resume sua trajetória com uma frase simples, mas poderosa: “Estou vivo por causa dos meus irmãos de combate. E lutarei até o fim.”

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