ChatGPT nos tribunais: americanos vencem causas sem advogados

Publicado por: Feed News
21/11/2025 18:14:25
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Nos EUA, cidadãos comuns começam a usar o ChatGPT como “advogado digital” — e alguns já estão vencendo processos reais.
Nos EUA, cidadãos comuns começam a usar o ChatGPT como “advogado digital” — e alguns já estão vencendo processos reais.

Cidadãos sem recursos contratam o ChatGPT como assistente jurídico e desafiam o sistema: uma revolução silenciosa nos tribunais americanos.

 

Americanos já substituem advogados por Inteligência Artificial: o ChatGPT chega aos tribunais

Cada vez mais americanos estão recorrendo ao ChatGPT em vez de contratar advogados para participar de ações judiciais — e, em alguns casos, estão ganhando causas reais. A Inteligência Artificial está se tornando uma espécie de “consultor jurídico digital” para cidadãos que não podem pagar um advogado ou que desejam se defender sozinhos em juízo.

 

Quando o ChatGPT virou advogado de defesa

Um dos casos mais comentados é o da californiana Lynn White, moradora de um estacionamento de trailers que enfrentava uma ordem de despejo por dívidas de aluguel. Depois de perder no tribunal de primeira instância, ela resolveu apelar — desta vez, com a ajuda do ChatGPT.

 

Lynn enviou os documentos do processo ao chat, explicou sua situação e recebeu orientações detalhadas sobre os próximos passos, argumentos legais e procedimentos. Resultado: venceu o recurso e escapou de multas que somavam mais de 70 mil dólares.

 

Outro exemplo é o de Stacey Dannell, que decidiu negociar sozinha uma dívida bancária. Usando o ChatGPT para elaborar petições e simular acordos, ela conseguiu reduzir o valor da dívida em mais de dois mil dólares. Os advogados da parte contrária, impressionados, chegaram a comentar seu “nível técnico e domínio dos ritos jurídicos”.

 

Nem tudo são vitórias

Por outro lado, há quem tenha se dado mal. Alguns usuários foram multados por apresentarem documentos baseados em “alucinações” da IA — decisões judiciais e citações inexistentes. Um caso emblemático foi o de um autor que incluiu 11 sentenças falsas geradas pelo ChatGPT e acabou condenado a prestar serviço comunitário.

 

O futuro inevitável do Direito Digital

Especialistas admitem que o papel da IA no Direito cresce em ritmo acelerado. Muitos advogados já a utilizam como ferramenta de pesquisa jurídica, elaboração de petições e análise preliminar de casos. A tendência, segundo eles, é que todo profissional da área jurídica precise dominar o uso de IA para não ficar para trás.

 

Esses sistemas estão democratizando o acesso à Justiça, dando a cidadãos comuns — antes sem recursos — a chance de defender seus direitos.

 

“É como a história de Davi e Golias — só que agora, a minha funda é a inteligência artificial”, declarou Lynn White após vencer seu processo.

 

Questões éticas e legais em debate

Enquanto o uso jurídico do ChatGPT cresce, a OpenAI anunciou um modo especial para menores de 18 anos, reforçando a segurança de jovens usuários.

 

Mas um ponto polêmico persiste: o próprio Sam Altman, CEO da OpenAI, já afirmou que as conversas com o ChatGPT não são totalmente confidenciais e podem ser usadas em tribunais. Ou seja, até que se defina o status legal dos chatbots, nenhuma conversa com IA está protegida por sigilo profissional, como ocorre com médicos, psicólogos ou advogados.

 

Nossa Opinião 

A tecnologia devolve poder a quem tinha pouco — e isso merece aplauso. Mas a liberdade de acesso não pode substituir o dever de precisão: orientar cidadãos sem supervisão jurídica aumenta o risco de erros que prejudicam processos e vidas.


A solução é clara e prática: regular o uso de IAs como ferramentas de assistência, exigir transparência sobre fontes e referências, e garantir a supervisão de profissionais qualificados nas peças submetidas ao Judiciário.


Defendemos uma abordagem que una democratização do acesso com responsabilidade técnica e ética — só assim a IA deixa de ser promessa vazia ou risco e se torna instrumento legítimo de justiça social.
Em suma: bem-vinda a ajuda digital — desde que venha acompanhada de responsabilidade humana.

 

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